Rede municipal

Sem espaço, o jeito é improvisar

Em anexo da Escola Piratinino de Almeida, até parte do refeitório virou sala de aula às crianças de quatro e cinco anos

Jô Folha -

O ano letivo da Educação Infantil tem sido, mais uma vez, marcado por improvisos na Escola Municipal Piratinino de Almeida, no Areal, em Pelotas. Se em 2017, o ambiente em prédio alugado - sem janelas - já era considerado inadequado aos pequenos de quatro e cinco anos, agora, é ainda pior. O número de alunos por turno saltou de 60 para cem. E a estratégia para atender à legislação tem sido a mesma: aproveitamento de espaços.

Parte do refeitório virou sala de aula. Por tabela, o corredor se transformou em referência na hora da merenda e engoliu parte do ambiente reservado às brincadeiras. A sala de multimeios que poderia amenizar a escassez de atrativos, principalmente em dias de chuva, também precisou encolher. É o retrato do anexo, batizado de Almeidinha, enquanto são erguidas oito salas de aula novas em parte do terreno da instituição, prestes a completar 92 anos de história.

A possibilidade de parceria com a Escola Estadual Lélia Olmos, também localizada no bairro Areal, volta a ser cogitada. Nesta quinta-feira (12), uma reunião com professoras da Educação Infantil deve contribuir à tomada de decisão, já que a Piratinino passaria a estar espalhada em três imóveis.

O tamanho das salas e a altura das divisórias instaladas no anexo são algumas das principais preocupações. Os sons simplesmente vazam por todo o ambiente e, não raro, atrapalham as atividades. Um prejuízo especial a alunos autistas, sensíveis a ruídos em excesso - explica a diretora geral, Daiani Borges, que já enfrenta a escassez de professores auxiliares, fundamentais ao processo de inclusão.

No pátio, problemas continuam
Do lado de fora, a lista de problemas segue. O pátio é pequeno, tem pedaços de pedras e tijolos misturados à terra e é cercado por tela que não barraria a entrada de animais peçonhentos que devem habitar o mato das redondezas. Em dias de chuva, claro, a gurizada não tem contato com a rua. De novo, o aprendizado fica restrito a salas sem luz natural.

A situação da Piratinino de Almeida foi um dos alvos de crítica durante a audiência pública SOS Educação, realizada na Câmara em 27 de março. O debate foi proposto pela vereadora e professora da Piratinino, Fernanda Miranda (Psol).

O que diz a prefeitura
O secretário de Educação e Desporto, Arthur Corrêa, garante que a construção das oito salas de aula - iniciada em final de janeiro - terá como prioridade a desativação dos dois contêineres e do anexo da Educação Infantil, que atualmente acolhe 200 crianças distribuídas em dez turmas; seis destinadas aos cinco anos de idade e quatro turmas para os pequenos de quatro anos.

A obra ainda inclui a construção de dois conjuntos de banheiros e um laboratório de Ciências.

Relembre
O imóvel na avenida Domingos de Almeida, 4.044, também foi sede provisória da Escola de Educação Infantil Albina Peres, enquanto professores, funcionários e estudantes aguardavam pelo novo prédio, ampliado. O número de crianças, entretanto, era bem menor. Eram cerca de 50 alunos dos zero aos quatro anos, matriculados em turno integral.

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